29 janeiro 2008

Olhar para dentro

Às vezes, faz-se necessário parar e olhar para dentro, agir para dentro... Muitos anos de tranqüilidade e certezas impelem à preguiça de alguns dias de férias. Entretanto, uma hora tudo perde o chão e o descontrole do ontem desarruma as prateleiras... Cadê a vontade para recolocar tudo no seu devido lugar hoje?
Uma lista de coisas para fazer está sempre no meu ângulo de visão... Outra lista de pessoas a visitar e mais uma de coisas que não posso fazer, apesar de muito querer...
É, meu querido, o dia anda se arrastando e preciso de forças para não ficar mergulhado neste poço de desmotivação e desinteresse. Os olhos já não brilham, as pessoas já não interessam: é a solidão a grande companheira.
Disseram-me ser este o preço a pagar pelas escolhas que fiz. Será?
Todo dia um ninguém José
Acorda já deitado
Todo dia ainda de pé
O Zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer
Raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com fé
De quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo
Toda rosa é rosa
Porque assim ela é chamada
Toda bossa é nova e você
Não liga se é usada
Todo carnaval tem seu fim
Todo carnaval tem seu fim
E é o fim
É o fim
Deixa eu brincar de ser feliz
Deixa eu pintar o meu nariz
Deixa eu brincar de ser feliz
Deixa eu pintar o meu nariz
Toda banda tem um tarol
Quem sabe eu não toco?
Todo o samba tem um refrão
Pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem
Acorda já deitado
Toda folha elege um alguém
Que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?
Deixa eu brincar de ser feliz
Deixa eu pintar o meu nariz
Deixa eu brincar de ser feliz
Deixa eu pintar o meu nariz
(Marcelo Camelo)
Abraços a todos e até

26 janeiro 2008

Um texto antigo

Revirando a memória manuscrita, achei esse texto. Ele foi escrito antes de eu entrar para o mundo acadêmico e traz uma ingenuidade e um cuidado tão especial que resolvi postá-lo. [Acho que é isso que me faz ficar tão intrigado e apaixonado por ele...]

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Um retrato de verão
Sol. Praia. Verão. Janeiro, Rio de Janeiro. Na cidade Maravilhosa tudo acontece. Aqui, onde o Astro Rei é mais intenso e a batucada é fonte de alegria para vidas mesquinhas e para sofridas, a mancha se veste de metal e realiza façanhas.
Força o rico a entrar às 20h, o pobre a dar o que tem; o homem a participar de um mercado paralelo e negro, a mulher a sofrer as dores de uma maternidade solitária e incerta. Corre! A polícia chegando!!! É... o Rio já foi bem mais calmo... Meu filho, aonde estás? Talvez num beco imundo sofrendo por um grama de pó. Pueira...
O governo não manda aqui, o rei do tráfico também não. O DESEJO É O QUE AQUI IMPERA. Desejo de fuga ilegal pelos meandros da nossa irresponsável autoridade que, ao invés de formar pessoas, impele os mais esperançosos para o fundo da prostituição.
Notícia: morto mais um pelas mãos do Chefão. O que me importa? Deveria ser um bandido - o pobre atingido pela bala perdida. Para que lutar pelo fim da violência se a cidade ainda está linda? Linda como uma rosa desidratada. Mas isso é problema deles. Eu vou tomar meu Sol. Praia. Verão. Janeiro, Rio de Janeiro.
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Um abraço a todos e até.

19 janeiro 2008

Publicação

Bem... É um enorme prazer iniciar minha caminhada neste espaço trazendo uma novidade que me deixou extremamente feliz essa manhã...

Já está na rede um trabalho meu. É um artigo que traça um panorama dos contos de Murilo Rubião. Deu um trabalho danado fazê-lo e encontrar a leveza que me é tão cara em textos desse gênero.

Faço referência logo na primeira página a dois professores que admiro muito. Aqui corroboro: Flavio García, por acreditar no meu potencial e estar sempre aberto a se reconstruir com o auxílio até mesmo de nós, graduandos, e Marco Medeiros, que me engendrou na literatura contemporânea, além de ser um grande amigo.

Eis o link:
http://www.dialogarts.uerj.br/avulsos/MuriloRubiao/LIVRO_RUBIAO.pdf

Um grande abraço a todos e até.

05 janeiro 2008

Apresentação

Olá, meus queridos!

Esse espaço eu criei para poder falar sobre o que e como eu quiser. Espero que gostem, aproveitem algo e contribuam com sua construção!

Grande abraço...